CAMINHOS E ESPINHOS – JOSÉ EUSTÁQUIO RIBEIRO

SEMANA - 27/07/2015


No caminho
cada vez
menos flores

No caminho
toda vez
mais espinhos

Nele caminho
e rápido acostumo
com o seu ferir

Pele
a se dilacerar
eu assim a viver

Bem lá no fundo
cada vez mais confundo
viver com esse doer
.
.
.
Melhor assim
pois enquanto doer
estou a viver

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José Eustáquio Ribeiro
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ADEUS! – NINIZ VOAGLIN



Queria te dizer adeus
de um jeito mais calmo,
de um jeito mais amigo,
de um jeito mais amplo.

Queria te falar de amor
de um modo mais sensível,
de um lado mais romântico,
enfim,
dir-te-ia dos meus sonhos.

Mas, me vou...
Sondando o meu caminho,
deixando pegadas nos pergaminhos
onde, algum dia,
(d)escrevemos o nosso ninho
na árvore que, por fim, não vingou.

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Niniz Voaglin
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DOIS MUNDOS – VALTEIR VEIGA


Sou poeta,
O meu mundo é interno.
O melhor meio de me achares
É nas páginas do meu caderno.

Aqui sou um lobo solitário
Isolado das gentes.
Lá ando roadeado de amigos.
Sou amado, não carente.

Tudo o que eu quero eu posso
Sempre saio vencedor.
Mas onde todos me veem
Eu sou ímpar, sou sem cor.

Eu não sou deste mundo
Estou no lugar errado.
Estou perdido no tempo
Também habito no passado.

Onde se valoriza a família,
Onde existe educação.
Aos mais velhos dá-se ouvido
Sim é sim e não é não.

Lá a palavra respeito
Hoje quase esquecida
É uma das mais importantes
Ela é que dá sentido à vida.

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Valteir Veiga
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INSPIRAÇÕES – CLEÔNIA DE SÁ NUNES

SEMANA - 20/07/2015

Somente palavras doces
Isso me deixaria feliz
Quem sabe assim não seja um dia
Bem diga, menina aprendiz.

Com frio e coberta quentinha
No calor, sorvete de morango
Riso de ponta a ponta
De pernas para o ar, que descanso!

Cercada de mimos, suaves carinhos
Um cafuné na cabeça, no colo
Aquela música, ao fundo, tocando
E eu suspirando, em sua perna me enrolo.

Crianças brincando no quintal
Casinha limpinha, roupas no varal
Os cães dormindo na área
A paz no lar, sem igual.

Nem queria, no fundo, parar
Mas, rendi-me aos encontros do amor
Quem não queria uma tarde assim
Com carinho e cuidados de flor?

E a poesia surge da alma
Palavras gratas escrevo
Inspirações vieram nos sonhos,
Encantadas, com as rimas, versejo.

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Cleônia de Sá Nunes
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ENTÃO VAMOS LÁ – FERNANDA XEREZ


Silêncio em minh’alma
Espírito ansioso
Meu corpo espera
Silêncio ao meu redor
Solidão companheira
A vida inteira?
Saudade
Devaneios
Sonhos
Fantasias
Até quando?
Madrugada
Esperança
Um carinho
Coração sozinho
Silêncio
Ouço meu coração
Descompasso
Que faço?
Paixão.
Amor
Loucura
Anseios
Beijo
Desejo
Vida nova
Então vamos lá...

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Fernanda Xerez
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VAMOS BRINCAR DE VIVER – MARDILÊ FRIEDRICH FABRE


Vamos brincar de viver...
Chamo-te para momentos
Ilusórios de prazer
Num falso mundo de alentos.

Vamos brincar de viver...
Esquece o acaso inseguro.
Luta sem esmorecer
Por teu destino seguro.

Vamos brincar de viver...
Ouve. A música acalenta.
Deixa o sonho florescer.
A vida acontece lenta...

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Mardilê Friedrich Fabre
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AMOR VAZANTE – PEDRO GALUCHI

SEMANA - 13/07/2015

Nossos nomes gravados na areia
apagou a maré cheia
na vazante do amor
Seu coração andarilho
arrastou ao meu do trilho
resultando mágoa e dor
Fica-me o peito em frangalho
antevendo a morte no atalho
aguardando ansiosa
Paixão, coisa fútil, ilusória
tal imaginar história
de sua volta graciosa
De que me serve a gare do trem
se o meu amor não vem?
A cada hora mais distante
Pra que passar noites na areia
Se seu canto de sereia
foi encanto de um instante

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Pedro Galuchi
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RECAÍDA – SAN CARDOSO


O teu nome no visor
Bastou-me, para uma recaída
Com a lembrança toda remexida
Sentindo a tua presença
Na minha cama
O teu calor
O teu odor
O teu despudor
Ao meu dispor
Envolta nesse torpor
Recordei-me da tua maneira
Orgulhosa e pretensa
Nessa entrega
Que vale e compensa
Mesmo na tua ausência
Acordei toda combalida
Com a ferida mexida
Sabendo que para nós
Não haverá recaída
Acabou!
Não existe SAÍDA...

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San Cardoso
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Significado de algumas palavras:
Torpor: Sensação de indisposição ocasionada pela redução da sensibilidade e dos movimentos corporais; falta de sensibilidade; entorpecimento. Sentimento de desânimo ou indolência; apatia ou prostração. (substantivo masculino)
Combalida: Que deixou de possuir força (física); que está fraco; enfraquecido. Que está deprimido; que está moralmente desanimado; abalado. (adjetivo)

CONSTATAÇÃO – SU AQUINO


Qual foi o momento da transição?
Onde um sonho virou alucinação.
Talvez no seu papo sem objetivo.
Na sua vida centrada no seu umbigo.
Na sua falta de imaginação.
E eu perdida em divagações.
Esperava mais dessa ilusão.
Muitas horas depois ainda analisava minha aberração.
Somente sorria no momento da constatação.
Passei horas a observar sua revelação.
Abismada com tanta falta de imaginação.
Tanta cultura e tanto desperdício.
Reunidas em um sonho,
Que virou desilusão.

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Su Aquino
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RONDEL DISCRETAS – ALTAIR FELTZ

SEMANA - 06/07/2015


Nem tão secretas
Mas com muita discrição
Atitudes modestas
Sem se levar tanto pelo coração

Comportamento e formas indigestas
Para quem não conhece a razão
Nem tão secretas
Mas com muita discrição

São assim, pessoas discretas
Com uma forte opinião
Nem precisa de muitas festas
E nem muita badalação
Nem tão secretas

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Altair Feltz
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RONDEL MEU CORAÇÃO – EDITH LOBATO


Meu coração que de amor se alimenta,
Balbucia em meio a dor estanque,
De uma saudade que é tão violenta,
Que de mim não há nada que arranque.

Esse amor gostoso que é tão moleque,
Toca minha alma e meu ser reinventa,
Meu coração que de amor se alimenta,
Balbucia em meio a dor estanque,

Ele é ternura e minha alma acalenta,
E meu amor ele não põe em xeque.
Quando me sinto em sobra magenta,
Ele afaga com seu doce toque,
Meu coração que de amor se alimenta.

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Edith Lobato
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RONDEL BUSCA – ESTHER LESSA


Há muito, amor,  busco teu cais
Como  alento  pra  minha  trist’alma
Já  não  suporto  tantos  ais
Preciso  te  ver,  pra  ter  calma...

Recebe-me   com   muitas   palmas
Não  me  deixes  sozinha  mais
Há  muito, amor,  busco  teu  cais
Como  alento  pra  minha  trist’alma

Ao  sol , no  mar...  te  amarei  demais
‘Stou   aqui !  Não   haverá  traumas
Sem   mim , não  ficarás  jamais
Como  ancoradouro, tu me acalmas
Há muito, amor, busco  teu  cais

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Esther Lessa
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